quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O JB no Estado Novo


No dia 10 de novembro de 1937, o Brasil entrava em um regime político centralizado e extremamente autoritário criado por Getúlio Vargas: o chamado Estado Novo. Uma das causas de implementação do regime é a denúncia, pelo governo de Getúlio, da existência de um plano comunista para a tomada do poder (Plano Cohen), à beira das eleições presidenciais disputadas por José Américo de Almeida e Armando Sales de Oliveira. Em 1939 é criado o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), o qual cala toda a imprensa nacional e tem como principal função o controle de todos os meios de comunicação e, também, a divulgação de todos os ideais do novo regime imposto por Getúlio Vargas. Durante o Estado Novo foi feita a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e criada a Justiça do Trabalho, não restando dúvidas quanto a contribuição que atingiu as camadas mais populares.

O Jornal do Brasil noticiou a criação do regime no dia seguinte, 11/11/1937, e, apesar de ter apoiado a candidatura de oposição de Armando Sales de Oliveira à presidência da República, considerou o golpe do Estado Novo uma solução para a crise política. Durante todo o período da ditadura de Vargas o jornal manteve relações cordiais com o DIP e demonstrou simpatia em relação à legislação trabalhista e à política econômica do governo. Porém, com a censura à imprensa, as caricaturas presentes diariamente nos jornais brasileiros deixaram de existir. A figura satirizada de políticos do governo foi proibida e se restringiu apenas aos anúncios publicitários. O Jornal do Brasil durante esse tempo começou a incluir fotografias no lugar das antigas caricaturas, o que é seguido até hoje por todos os jornais.

JB na queda do Estado Novo:

Em 29 de outubro de 1945 termina a ditadura imposta por Getúlio Vargas através do regime do Estado Novo. Através de um golpe de estado, Getúlio é deposto por um movimento militar liderado por generais que compunham seu próprio ministério e que pôs fim ao regime ditador. Getúlio renunciou ao cargo da presidência da república, que mantinha desde o ano de 1930.

O Jornal do Brasil acatou as ondas de democratização surgidas em 1945 e se posicionou contra o governo de Vargas. Mas, também não demostrou apoio total ao candidato da oposição Eduardo Gomes e aplicou apenas uma mera "simpátia" ao candidato.

Segue, abaixo, a matéria com a renúncia de Getúlio ao cargo da presidência:

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