quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Legítimo e natural representante do povo"

Em 1893, Rui Barbosa, líder republicano, passa a dirigir o periódico e, junto com Joaquim Lúcio de Albuquerque, compra o Jornal do Brasil por 70 contos de réis.

Foi Rui quem mudou o Z de Brasil para S e contratou os serviços da agência Reuter-Havas, que por transmissões telegráficas, via cabo submarino, ligava o Brasil a Europa, podendo assim, serem publicadas notícias internacionais no Jornal do Brasil.

Em 31 de agosto, Rui Barbosa, que também atuava como advogado, publica o documento de habeas corpus em favor do almirante Eduardo Wandenkolk, que fora acusado pelo governo de pirataria.

Com o início da Revolta Armada, em 6 de setembro, Rui viaja para a Europa para escapar da prisão e publica seu último artigo, em que ataca o governo e partidários de Floriano Peixoto. Mesmo assim, o jornal continuou a ser publicado com a direção de Joaquim Lúcio até Floriano decretar estado de sítio e suspender a liberdade de imprensa.

O Jornal do Brasil só voltou a circular em 15 de novembro de 1894, com a direção da firma Mendes e Cia. A data de reinauguração foi a mesma do aniversário da república e o mesmo dia em que tomou posse o primeiro governo civil da República, que substituiu Floriano Peixoto.

Fernando Mendes assumiu a redação e, junto com o repórter Felisberto Freire, rendeu ótimas reportagens sobre os brasileiros exilados, que estavam em Buenos Aires e Montevidéu.

A partir daí, o jornal se torna mais popular e, como diz no editorial da primeira edição, "legítimo e natural representante do povo."

Abaixo, fotos do habeas corpus e da capa de reinauguração do Jornal do Brasil.




Fonte: http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0610429_08_cap_02.pdf

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